No colégio Luso-Francês havia um professor extremamente rígido que leccionava a disciplina de Educação Visual.
Esse docente era conhecido pelo rigor que ele exigia nos seus alunos, a nível de limpeza nos trabalhos e o cuidado extremo que exigia na utilização do material.
Bastava um lápis que não estivesse afiado (com lixa e x-acto) para ele parti-lo á frente do aluno em questão; ou uma régua que não estivesse devidamente limpa com água e sabão, para que o aluno se arriscasse a ver a sua régua partida no caixote do lixo e levar uma bofetada em frente dos colegas.
As aulas tinham um ambiente extremamente pesado onde rodeava o medo, o silêncio, e a vontade de ouvir o toque de saída, pois cada minuto parecia uma eternidade, naquele tormento, quando se ia mostrar um trabalho e não se sabia se esperávamos uma bofetada ou um trabalho rasgado por estar uma “porcaria”.
Talvez porque o docente em questão era engenheiro e só soubesse geometria?
Eram trabalhos baseados só em geometria, passados a tinta-da-china no tira-linhas.
Havia uma aluna que não conseguia dormir às Terças pois sabia que no dia seguinte ia ter a disciplina, ficava a tremer e com dores de barriga.
Ia pedindo à mãe (que tinha jeito para desenho) para lhe passar os trabalhos a tinta.
Tinha consciência que não era boa a desenho, pois, os seus trabalhos ficavam todos tremidos quando eram passados a tinta, (talvez porque tremia de medo?).
Quando essa aluna passou para o 9ºano o professor de desenho foi “convidado” a sair do colégio, pois os pais tinham reparado que os seus filhos estavam a ficar com traumas de insegurança.
Uma professora nova entrou para o colégio, na primeira aula essa aluna estava com receio, pois só conhecia o sistema rígido do antigo professor e nunca imaginou que as aulas de desenho pudessem ser de outra forma.
A professora apresentou-se logo como uma AMIGA que esperava que todos se divertissem nas suas aulas (pois, era uma ex-aluna do colégio e tinha tido algumas más experiências na disciplina de educação visual, pois a disciplina era demasiada rígida naquela altura) e que dessem largas á imaginação, pois queria trabalhos livres, queria música nas aulas, queria que utilizassem tintas e experimentassem acima de tudo!
A aluna começou a ADORAR a disciplina, desapareceu o medo, a insegurança de fazer tudo mal, essa professora despertou o talento que estava escondido nela, pois tornou-se a melhor aluna da disciplina.
Mais tarde encontraram-se na rua por acaso, a aluna disse-lhe que estava a dar aulas de educação visual e agradeceu por ela lhe ter despertado o talento e o gosto pelo desenho e pala arte.
Essa aluna sou eu e agradeço à professora Alexandra que jamais a esquecerei!
Quando estou a dar aulas, para além dos objectivos formais da disciplina, antes de tudo, lembro-me dela e tento ser amiga, compreensiva, tolerante, pois não me esqueço que no meio de tantos alunos poderá estar alguém que esteve na minha situação e se conseguir atingir alguns dos objectivos que ela me fez passar então estarei a contribuir para o sucesso educativo.
Esse docente era conhecido pelo rigor que ele exigia nos seus alunos, a nível de limpeza nos trabalhos e o cuidado extremo que exigia na utilização do material.
Bastava um lápis que não estivesse afiado (com lixa e x-acto) para ele parti-lo á frente do aluno em questão; ou uma régua que não estivesse devidamente limpa com água e sabão, para que o aluno se arriscasse a ver a sua régua partida no caixote do lixo e levar uma bofetada em frente dos colegas.
As aulas tinham um ambiente extremamente pesado onde rodeava o medo, o silêncio, e a vontade de ouvir o toque de saída, pois cada minuto parecia uma eternidade, naquele tormento, quando se ia mostrar um trabalho e não se sabia se esperávamos uma bofetada ou um trabalho rasgado por estar uma “porcaria”.
Talvez porque o docente em questão era engenheiro e só soubesse geometria?
Eram trabalhos baseados só em geometria, passados a tinta-da-china no tira-linhas.
Havia uma aluna que não conseguia dormir às Terças pois sabia que no dia seguinte ia ter a disciplina, ficava a tremer e com dores de barriga.
Ia pedindo à mãe (que tinha jeito para desenho) para lhe passar os trabalhos a tinta.
Tinha consciência que não era boa a desenho, pois, os seus trabalhos ficavam todos tremidos quando eram passados a tinta, (talvez porque tremia de medo?).
Quando essa aluna passou para o 9ºano o professor de desenho foi “convidado” a sair do colégio, pois os pais tinham reparado que os seus filhos estavam a ficar com traumas de insegurança.
Uma professora nova entrou para o colégio, na primeira aula essa aluna estava com receio, pois só conhecia o sistema rígido do antigo professor e nunca imaginou que as aulas de desenho pudessem ser de outra forma.
A professora apresentou-se logo como uma AMIGA que esperava que todos se divertissem nas suas aulas (pois, era uma ex-aluna do colégio e tinha tido algumas más experiências na disciplina de educação visual, pois a disciplina era demasiada rígida naquela altura) e que dessem largas á imaginação, pois queria trabalhos livres, queria música nas aulas, queria que utilizassem tintas e experimentassem acima de tudo!
A aluna começou a ADORAR a disciplina, desapareceu o medo, a insegurança de fazer tudo mal, essa professora despertou o talento que estava escondido nela, pois tornou-se a melhor aluna da disciplina.
Mais tarde encontraram-se na rua por acaso, a aluna disse-lhe que estava a dar aulas de educação visual e agradeceu por ela lhe ter despertado o talento e o gosto pelo desenho e pala arte.
Essa aluna sou eu e agradeço à professora Alexandra que jamais a esquecerei!
Quando estou a dar aulas, para além dos objectivos formais da disciplina, antes de tudo, lembro-me dela e tento ser amiga, compreensiva, tolerante, pois não me esqueço que no meio de tantos alunos poderá estar alguém que esteve na minha situação e se conseguir atingir alguns dos objectivos que ela me fez passar então estarei a contribuir para o sucesso educativo.
Un comentariu:
...pois, eu também me lembro bem do "careca"... o homem era louco! ...
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